Diferente da soja, o milho é uma gramínea e não faz Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). Isso significa que todo o Nitrogênio (N) que ele precisa para produzir grãos deve vir do solo (matéria orgânica) ou, principalmente, da adubação.

O N é o nutriente absorvido em maior quantidade pela cultura e o que mais afeta a produtividade. Mas simplesmente "jogar ureia" não resolve. A chave é acertar o "quando".

1. A Curva de Absorção: Quando o Milho "Come"?

O milho não absorve N de forma linear. A grande "arrancada" de absorção começa por volta do estádio V4 (quarta folha totalmente expandida) e atinge seu pico máximo perto do pendoamento (VT).

Isso significa que aplicar todo o Nitrogênio no plantio é um desperdício. Grande parte dele será perdida por lixiviação (lavagem pela chuva) antes que a planta possa absorvê-lo.

O período crítico, onde a demanda de N é explosiva e define o potencial produtivo da espiga, ocorre entre V4 e V10. A falta de N nesse momento é um dano irreversível à produtividade.

2. Estratégia de Aplicação: Base + Cobertura

Por causa dessa curva de absorção, a estratégia mais eficiente é o parcelamento do N:

  • Adubação de Base (Plantio): Aplicar uma dose pequena no sulco de plantio (ex: 20-30 kg/ha de N), apenas para dar o "arranque" inicial para a plântula.
  • Adubação de Cobertura: Aplicar a dose principal (o restante da sua recomendação) em cobertura, com o milho já estabelecido, idealmente entre os estádios V4 e V6.

Essa aplicação em cobertura sincroniza a oferta de N (quando o adubo é aplicado) com a máxima demanda da planta (quando ela mais precisa), garantindo o maior aproveitamento do fertilizante e o maior teto produtivo.

Não sabe quanto Nitrogênio (N) aplicar? A dose correta depende da sua expectativa de rendimento e do teor de Matéria Orgânica do seu solo.

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